sábado, julho 02, 2005

Raiva

Estou com muita raiva. Minha filha acaba de apagar duas páginas de texto que eu pretendia postar exatamente agora. Por mera distração, descaso, falta de compromisso, sei lá: o fato é que, por uma obsessão por essa maldição chamada "MSN", lá se foi o trabalho de mais de uma hora, minhas reflexões da semana.
É uma espécie de roubo: alguns tesouros que, mesmo pequenos, seriam transportados da alma para o ciberespaço (e isso consome tempo, paciência, elaboração), mas de repente somem. Tudo porque confiei e não salvei como rascunho. Pedi apenas que ela não mexesse.
Parece bobagem, escrever a gente escreve tudo de novo. Mas não é: precisa reconectar a via da inspiração, voltar a cada uma daquelas "vidas" que já tinham começo, meio, fim. Para que eu possa estar aqui novamente, com tudo de melhor que posso reunir, preciso realinhavar a alma. Mas não com fios de raiva; as fibras do entusiamo são as únicas que podem dar conta dessa costura.
Enquanto não as encontro de volta, deixo aqui o meu lamento pelas frases que jamais se reconstituirão na forma original, e espero a hora de voltar com tudo.
Sniff.

Nenhum comentário: