I
Selvagens o tempo
e os arrepios de medo
- hora de guardar-se.
II
Jogar, ora bolas
pernas compridas e poucas
pra tanta sede de gols...
III
Faceiríssima, nua,
o amar armado no espelho
- e a alma, encolhida.
IV
Esse funk pra todo lado
e o coração, surdo-mudo,
põe o leite pra esquentar.
V
Portugal cá dentro
canção pra lá dos olhos
E onde estás, tu, mamá?*
........................................................................................
* (Estrofe da Canção de Lisboa, de Jorge Palma,
mestre da música e da alma portuguesas)
2 comentários:
:)
lindos e sentidos.
Apetece-me parafrasear um dos grandes escritores da actualidade portuguesa
"Escrever é uma droga dura"
António Lobo Antunes
Querida Maurette, vim espreitar o teu blog e estou encantada com tanta sensibilidade e com a tua escrita maravilhosa.
E esta homenagem a Jorge Palma é soberba! Ele é realmente um mestre!
Beijinhos
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